Serviço de recall é válido para todos os produtos
Muitos consumidores ainda sentem dúvida quando se trata de serviços de recall. O procedimento gratuito que o fabricante informa o público e eventualmente o convoca para sanar os defeitos encontrados em produtos vendidos ou serviços prestados é valido para todos as áreas, e não apenas para o meio automotivo, que é o segmento mais comum de se ocorrer.
Um exemplo deste pensamento é a opinião do representante comercial Ivaldo Lucena, que para ele a atividade só era realizada em automóveis. “Realmente eu não sabia. Nunca aconteceu isso comigo, mas com alguns familiares que tiveram problema assim que o carro foi comprado. Logo na primeira semana foi comprovado que era um problema da fabricante do carro, que logo trocou o veículo para o bem de todos”, comentou.
A palavra inglesa é utilizada no Brasil como sinônimo de chamamento e é um dos direitos considerados essenciais ao consumidor previsto no Código de Defesa do Consumidor, na Lei nº 8.078/90.
Segundo a advogada Viviana Callegari, é necessário que as pessoas saibam sobre a utilização do recall. “Ele é destinado a produtos ou serviços que causam algum prejuízo ou falta segurança, isso pode acontecer com um fogão entre outros produtos”, dissertou.
De acordo com Viviana, os usos dos meios digitais facilitam a informação e as dúvidas. “O uso é excelente para o conhecimento do recall, porque com ela, o contato entre o fabricante e o consumidor fica mais fácil, existem sites de empresas que já tem uma área para isso. Mas o chamado ainda continua acontecendo na TV, rádios e jornais”, proferiu.
Ainda conforme a advogada, a população mesmo com a informação, não vê a relevância do serviço. “Muitas vezes, a pessoa não leva a sério demorando para responder a empresa ou entrar em contato. É importante avisar de imediato”, relatou.
No recall não há data limite para chamar ou convocar. Ele é válido enquanto perdurar o defeito, porém, quanto mais tempo levar, maior o risco na segurança do cliente.
Esta reportagem foi escrita por Larissa França e publicada na Gazeta do Litoral. Imagem: Freepik
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